quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Circo

Sempre achei um saco e uma dificuldade falar sobre política, na verdade nunca me interessei. Acho complexo, por isso sempre joguei a responsabilidade naqueles que se dedicam a isso. Mas hoje em dia é o que mais se fala por aí, tudo virou uma palhaçada e motivo de piada.
Os políticos não têm mais vergonha na cara, roubam, mentem, sacaneiam o povo e nem mais se preocupam em serem apontados. Em meio a tantos, camuflam-se.
O povo se sente com as mãos atadas. Para quem reclamar, se quem nos prejudicam são justamente aqueles que foram eleitos (por nós)?
A classe A e B se coloca de fora e só observa o grande circo armado, até que não interfira em suas grandes ações e suas poupanças poupudas. E nessa, o povão pobre e carente vai sofrendo as consequências da falta de assistência, que só é sustentada pelos poderosos que tiram tudo de direito deles. E na hora de votar, nós que ainda não nos sentimos tão afetados, reclamamos que o povo não sabe votar. Ah, mas esse povo sabe votar sim, pelo menos pra eles. Votam naqueles que em época de eleição, vão lá no casebre deles, fazem juras e promessas e compram seus votos com "agrados".
Quando vejo esses programas que criticam, ridicularizam e escancaram as malandragens dos políticos eu fico com mais raiva ainda, porque sabemos que o erro é apontado, mas não sanado. E cada vez mais erros são apontados e mesmo assim eles continuam, porque estão certos de que não há ninguém mais poderoso que eles para acabarem com essa pilantragem generalizada.
É tanta palhaçada que até um palhaço está prestes a ser eleito. Que vergonha!
Saudades dos caras pintadas, da juventude militante... que ao mesmo tempo me apavora, porque quando o povo realmente se colocar contra tudo isso, o governo se colocará contra o povo.
É uma bola de neve, não sabemos o que fazer e o que sabemos, nos intimida.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A minha natureza

"Monge e discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio.


Foi então a margem tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.


- Mestre, deve estar doendo muito! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!


O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:
- Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha."

Me chateia muito a descrença das pessoas. E além da descrença, os poucos e bons que crêem ainda na positividade e paz (nem que seja a interior) se tornam minoria e por assim serem acabam esquecidos e desvalorizados. Se alguém assume o papel pacificador é tratado como demagogo. Se outras compram brigas e se jogam na maré de maldade e descrença se justificam que não tiveram escolha e se não o fizerem serão deixados pra trás.
Isso tudo me entristece, mas antes agir conforme a minha natureza e crença do que entrar nessa dança maluca das pessoas que têm medo de serem boazinhas e serem tratadas como bobinhas.
Mesmo se eu for julgada, mal interpretada, ou tida como bobinha, não deixarei de agir assim, pois estarei agindo conforme a minha natureza e quem me apontar o dedo estará agindo conforme a sua.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Campanha pela vida

Já ouviu fofoca do bem? Pois eu já! A última que circula por aí é boa, verdadeira e necessária. E essa faço questão de passar adiante.
Trata-se da campanha sobre a fofoca lançada pela Conceito Iriana, onde toda a venda das camisetas do projeto será revertida para a Associação da Equoterapia de Santos.
É a campanha pela vida: Cada um cuida da sua! Diga não à fofoca! 
A fofoca faz parte do cotidiano daqueles que na falta de assunto, resolvem falar da vida alheia, não havendo limites do necessário ou verdadeiro. Essas pessoas ocupam-se da vida dos outros, já que provavelmente nada há de interessante na própria.
De uma boca que cospe veneno, só pode ser meio de vazão para um coração que produz veneno.
Essa história de "falem bem , falem mal, mas falem de mim" é furada. Quem está em paz com o que faz, não espera pelo elogio que enobrece, nem se preocupa com a crítica que destrói.
Purifique sua boca pelo compromisso de dizer palavras boas, tuas orelhas pela escuta de palavras de sabedoria e teus olhos, fechando-os às visões negativas.
Deixem as calças justas no armário e vistam causas justas... é a última moda!


Be
(foto by Rafael Vaz)
Esta é a camiseta da campanha e esta sou EU, a Be!
;)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Na margem

Fiquei dias sem escrever aqui no Blog e isso me levou a pensar o quanto na vida vamos vivendo sem dar as  devidas pausas para as necessárias análises. Pode ser que existam aqueles que não achem isso importante, mas eu hoje ao sentar aqui em frente ao computador, morrendo de vontade de escrever, percebi o quanto vamos vivendo como se fosse dada a largada sem direito a "pit-stops". E me forçando a fazer essa parada, percebi quanto sentido se perde na vida quando corremos sem saber para onde, nem o porque estamos seguindo.
Fui tentar analisar tudo que vivi nesses últimos dias de correria e não consegui encontrar definições para o momento. A única coisa que consegui definir, foi essa total indefinição das coisas.
Deixar rolar, seguir o fluxo, é necessário, mas é necessário também que façamos as análises necessárias para que possamos perceber se estamos seguindo o fluxo, ou remando contra a maré.
Não consigo ficar sem definir sentido para as coisas que faço no meu dia a dia. E mesmo as coisas que fiz sem saber o sentido, olhei para trás para poder saber o que aquilo me trouxe. Sem dúvida nenhuma, o inesperado, o não planejado me troxeram muitas surpresas boas e algumas ruins também, das quais muito tempo precisei ficar na margem para observar.
Estar na margem do rio, é parar para saber analisar o momento de seguir o fluxo natural e não gastar energia remando contra a maré.
Hoje vejo que fazer algumas pausas é necessário, mesmo quando o que mais se quer é seguir.
Fazer as pausas só me faz querer seguir,
E seguir só me faz querer fazer (as devidas) pausas.
*
*
*
E foi graças a essa pausa que estou aqui de volta. Achando que me faltava assunto e na busca de questionar o porquê sentir essa necessidade de escrever, vi que na verdade é a necessidade de observar td o que tenho passado e até saber pra onde estou sendo levada.
Hj vejo que muita coisa tá acontecendo, parecendo nem haver tempo para essas tais pausas, mas são elas que me fazem recuperar toda a energia e focar com toda garra, força e vontade naquilo que sei ser o melhor pra mim.
Sabedoria é uma coisa que exige tempo, mas não pra passar e sim pra sentir e pensar.
Bom, já fiz pausa demais.. deixa eu voltar pro Rio! ;)
Be
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