terça-feira, 4 de maio de 2010

Afastando-se de si

É tão comum, mas nada legal, ver pessoas que em nome do que acham ser amor, abandonam a própria vida e a entregam literalmente nas mãos de outra pessoa. Boicotam-se achando que amar é renunciar a si. Não se sabe nem mais quem é ou o que quer e se deixa levar como peso morto de um corpo que não mais se manifesta.
Abandonar a própria vida chega até a ser preguiça de assumí-la. Quem não assume a própria vida o que fará com mais uma? 
Projeções são abismos. Na busca do que somos no outro, nos perdemos de nós mesmos. Descobrir o que quer é consequência de saber quem é. Só queremos o que queremos poque somos o que somos. É necessário mais intuição do que racionalidade, que se não bem dosada escraviza. Descobrir que caminho seguir, sentir a voz da intuição, essa é a grande descoberta.
No amor verdadeiro, cria-se uma nova vida sem que deixe de ter a própria. Dois caminhos em uma só vida.
O amor se eterniza mesmo quando os caminhos algumas vezes se desencontram, mas a vida continua sendo uma e sendo uma e uma hora eles se encontram.

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