segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Prazo de validade

Não acho que quando algo chega ao fim acaba-se o prazo de validade e sim o tempo necessário, seja de vida ou das relações. Prazos dão a certeza do fim e isso faz com que só se pense nisso. Saber que tudo vai durar o tempo necessário, é ter a sabedoria para aproveitar o tempo de vida de cada coisa.
Não somos perecíveis e sim somos passíveis a mudanças.
Acredito que de fato existam coisas que sabemos que terão fim inevitável, porém isso não me fará desistir de começar. Como se diz, tudo o que é bom dura o tempo necessário para se tornar inesquecível. Porque sabemos que o valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. E na minha vida me jogo em abismos para descobrir a dimensão de mim mesma e também em poços com fundo para descobrir a dimensão das coisas.
Quando algo acaba, não considero como comida fora do prazo de validade, estragada, e sim como algo tão importante que ficará vivo dentro de mim.
Prazos foram feitos para aqueles que vivem sempre preocupados com o dia seguinte e que esquecem de viver o "hoje", que sempre é um grande "presente".

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Faça um pedido!

Nunca consegui fazer pedido ao apagar as velinhas. Todos em volta gritam: Faça um pedido! E eis que fica um silêncio em minha mente. Acho que esse silêncio diz muito mais do que se eu fizesse um único pedido. Não seria em um segundo que faria um pedido para uma vida!
Sempre tive receio de pedidos específicos, pois acredito no cuidado que se deve ter ao que se pede, pois podemos conseguir. Por isso sempre pedi o simples, o básico e o necessário. Tudo aquilo que mereço por um instante ou por uma vida.
Não sei se seria justo pedir algo, sendo que sempre confiei que Deus me dá tudo o que preciso. Quando penso em qual é o meu maior desejo, não consigo dizer casar com fulano, ter o trabalho tal, ou viajar pra certo lugar... O meu desejo é viver e perceber cada acontecimento em minha vida como uma grande realização.
Há 5 anos escrevi uma carta para mim mesma, onde nesse tempo todo ficou lacrada e dizia no envelope: Confidencial pra mim com 30 anos.
Foi maravilhoso e revelador perceber que muitos sonhos e desejos que (graças a Deus) não aconteceram foram para dar lugar à outras experiências.
Os nossos sonhos se baseiam muito à partir do que somos e temos hoje, mesmo tendo a pretensão do que queremos ser ou ter amanhã.
Com esta carta aprendi que a vida é uma caixinha de surpresas e que o mais maravilhoso dela é se surpreender com tantas mudanças. Se nem ao menos temos controle do presente, o que dirá do futuro?
Têm coisas que fogem do nosso alcance, mas isso não quer dizer que deixarei de sonhar, ou de me imaginar daqui há alguns anos. Isso me estimula a seguir e a confiar que as coisas são e serão como devem ser.
Ao ler a carta, me deparei com sonhos que eu nem lembrava mais que um dia sonhei e que acabei realizando, me fazendo perceber como mudamos de pensamentos, assim como a vida muda conosco.
Foi preciso estar atenta e sonhar com os pés no chão para poder correr atrás e alcançar o que de fato é necessário.
O meu maior desejo?
(silêncio)
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E a carta de 35 anos já me aguarda!
Experimente!
Be

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Amor incondicional (2)

O amor pode passar por várias transformações. Uma delas, que muitos sequer cogitam a possibilidade de experenciar, é a do amor incondicional. Amor de mãe, de irmão, esses são natos, não é desse que falo. Falo do amor vivido e até a um ponto abdicado. Ama-se de verdade também quando não vivenciamos mais um amor. Não cobra-se mais a troca, a condição ou a lealdade. Apenas é um amor que existe e persiste dentro do ser que ama.
Muitas vezes passamos anos ao lado de alguém, mas só sentimos que o aprendizado veio quando tudo se acabou e temos a sensação que, na verdade, preparamos nosso amor para outro amor.
E se for assim, que assim seja, tudo por amor e com muito amor, mesmo que esse amor pertença a outro amor.
Perde-se a presença do ser amado e ganha-se a sutil presença daquilo que se sente, sem mais esperar por aquilo que o outro sente.
Porque tudo depende da maneira que queremos enxergar as coisas. E nesse caso, ou escolhe-se sofrer por um amor não correspondido, ou conviver com um amor incondicional.
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http://avidaqueseleva.blogspot.com/2009/09/amor-incondicional.html

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Cadê vocês?

Sou dependente de minhas palavras e elas de mim.
Me vejo ansiosa por elas e elas por mim.
Tanta coisa a dizer,
mas não sei como fazer.
Palavras soltas, versos trocados, frases incompletas.
Será que é justamente quando me perco, que elas me acham?
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*
E será que justamente porque eu me achei que elas fugiram?
Be
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