quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A morte da morte

"Não é a morte que nos persegue, somos nós que caminhamos para o colo dela." Lia Luft
Falar da morte é inevitável, pois ela faz parte da vida. Faz parte do processo natural... nascer, crescer e morrer.
A morte é o que faz a vida se tornar tão importante.

Na verdade não é que não estamos preparados para encará-la, porque praticamente somos obrigados a isso. Sofrer com a morte é natural, porque sofremos com a certeza do nunca mais, pelo menos aqui em vida.

Infelizmente o corpo precisa de algum "motivo" para se desligar da alma, e esse motivo pode ser muitas vezes cruel pra quem vê de fora. Mas acredito na misericórdia Divina que se coloca no momento do desligamento, seja ele como for, e não permite o sofrimento da alma. Nós que aqui ficamos vemos como dor e isso faz com que valorizemos a vida e respeitemos a morte.

Pergunte para quem viveu uma experiência trágica de quase morte e voltou. A pessoa nunca lembra o que aconteceu, tudo que fica é um apagão. E eu acredito que esse apagão é a hora em que uma fonte maior nos tira de qualquer sofrimento e já nos transporta para um lugar que somente quem foi sabe, mas que um dia todos saberemos.

A cabalá ensina que, tal como o útero foi um receptáculo escuro e estranho para nosso corpo, onde estamos é um receptáculo escuro e estranho para nossa alma. Assim como a insegurança e a ansiedade cercaram nosso nascimento, cercarão nossa morte, mas certamente, assim como no nascimento, seremos muito bem recebidos. Recebidos novamente na verdadeira vida!

O homem tem de morrer em corpo pra renascer em alma e morrer em alma para renascer em espírito.
Podemos escolher a morte, mesmo que não seja a hora, mas jamais podemos escolher a vida na hora da morte!
Estamos vivos por uma força maior, não somente porque assim queremos!

CELEBRE,
UMA FORÇA MAIOR TE QUER VIVO!
VIVA!

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